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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

2011 - 2012

O blog ficou sem postagens por um tempo, sim. Havia muito o que ser dito, porém não havia tempo hábil para fazê-lo. Mas agora, pretendemos olhar para trás, para o 2011, e ver quais são as expectativas para 2012.

2011 foi um ano muito difícil para o torcedor andreense. No Campeonato Paulista, a diretoria apostou na mesma fórmula que levou o clube ao vice-campeonato em 2010; contratar atlettas jovens aparentemente promissores, ou jogadores de centros com menos visibilidade, em atacado, contratações feitas sem critérios muito coerentes. Mas um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, e o clube foi rebaixado, apresentando um futebol medíocre, mas principalmente, com um elenco repleto de atletas sem identificação alguma com o Santo André, e salvo algumas exceções, nenhum deles sentiu o rebaixamento, nenhum deles estava preocupado com os torcedores.

Mas parecia que algo animador ia acontecer; a reforma do estádio Bruno Daniel. O estádio ficou com um setor inteiro, o da marquise, interditado, tanto que os primeiros jogos do Paulistão foram com os portões fechados. A marquise foi demolida, e todos sabiam que sentiriam saudades dela, mas não havia mais o que fazer, a não ser olhar para frente. Foram destinados R$4 milhões para a obra, que tinha como prazo julho-agosto, e se possível, antes mesmo do início da Série C, o que foi amplamente divulgado pela atual gestão. Mas o que se viu foi um abandono do poder público, que começou a obra, porém, não a terminou, sequer limpou o entulho que sobrou da demolição da marquise, tarefa que alguns torcedores realizaram, de maneira autônoma, com mais agilidade que a prefeitura. Além disso, ninguém na prefeitura sabe, ou quer, explicar, onde foi parar a verba destinada para a obra.

Na Série C, o clube mostrou um desempenho irregular, conquistando apenas duas vitórias, ambas contra o Caxias-RS. Se o STJD não tivesse punido o Brasil-RS por escalar um jogador irregular, a equipe teria sido rebaixada para a Série D. E ainda por cima, membros da diretoria fazem uma avaliação positiva sobre o 2011.

A diretoria é um caso a parte. Com desempenhos tão pífios, não é possível isentar a SAGED de culpa. São 3 rebaixamentos seguidos, e seriam 4 caso o Brasil-RS não cometessem um erro tão infantil. Houveram períodos de sucessos, como os acessos de 2008, para a A1 do Paulista e a 1ª Divisão do Brasileiro, além da campanha do Paulista de 2009 e o vice na edição seguinte. Mas ainda com esse panorama favorável, viam-se as sementes de fracasso que a diretoria plantava; centralização administrativa e esportiva em mãos de pessoas com competência duvidosa, mau uso do dinheiro que estava disponível, sucateamento das categorias de base, além é claro, de descaso com a torcida.

A cidade está distante do time, e não há esforços por parte da SAGED de trazê-la de volta para o estádio. Todos viram como a cidade apoiou o clube nos bons momentos, como a Copa do Brasil de 2004 e a Libertadores 2005, e vimos como ela apoiou nos momentos nem tão bons assim.

O Santo André é um clubede tradição, que ainda que não tenha milhões de torcedores, possui seguidores que não medem esforços; panfletagem nas ruas da cidade, distribuição de ingressos, participar da obra no estáduo, e quando é necessário, protestar, seja contra a diretoria, seja contra a prefeitura.

Para 2012, a equipe disputará a Série A2, e a preparação segue, dessa vez comandada pelo técnico Rotta, pelo diretor Sérgio do Prado, e pelo supervisor Alexandre, todos pessoas que demonstram respeito pelo clube. Apesar das restrições orçamentárias, a preparação continua. E apesar de todos os recentes infortúnios, o torcedor andreense está otimista, mas também sabe que há muito trabalho pela frente para que o ECSA volte a seus melhores dias...